Bolsonaro privatiza Eletrobras por R$ 33,7 bilhões
O preço por ação foi fixado em R$ 42; Os papéis da companhia começam a ser negociados na B3 em 13 de junho
10/06/2022

Poder 360 - O governo Bolsonaro concluiu nesta 5ª feira (9.jun.2022) o processo de privatização da Eletrobras. Com o fim do bookbuilding –quando se avalia a demanda do mercado–, a Diretoria Executiva da empresa estabeleceu o preço de R$ 42 por ação. Eis a íntegra da decisão do Conselho de Administração da companhia.

Pelo valor fixado, a privatização da Eletrobras deve movimentar R$ 33,7 bilhões, com a venda dos lotes extras de ações inclusos no valor. Na parcela primária da oferta, a companhia deve captar R$ 30,76 bilhões.

Do total, R$ 26,4 bilhões devem vir com a venda do lote inicial de 627,7 milhões de novas ações ordinárias. Outros R$ 4,4 bilhões devem ser acrescidos com o lote suplementar de ações.

Já a BNDESPar, braço de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), venderá 69,8 milhões de ações por R$ 2,9 bilhões.

A demanda chegou a R$ 9 bilhões entre os investidores que usaram recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para reservar ações. Entretanto, a parte da oferta destinada a esse grupo era de R$ 6 bilhões, o que resultará em um rateio proporcional dos papéis entre os interessados.

Isso significa que os investidores comprarão menos ações do que haviam planejado e receberão na conta do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) o valor que foi transferido a mais para o FMP Eletrobras (Fundo de Privatização Mútuo Eletrobras).

PRÓXIMOS PASSOS - Nesta 6ª feira (10.jun), os ADRs –certificados de ações emitidos por bancos dos Estados Unidos– começam a ser negociados na Bolsa de Nova York.

O início das negociações dos papéis na B3 será em 13 de junho.

LULA É CONTRA PRIVATIZAÇÃO - Nas diretrizes de seu plano de governo, o ex-presidente e pré-candidato a Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, formalizou oposição à venda de estatais. Em relação à Eletrobras, o documento diz que a companhia “será mantida como patrimônio do povo” para viabilizar programas sociais, como o Luz Para Todos, “e uma política sustentável de modicidade tarifária”.

Por Fernando Brazão