Empresa brasileira aprova 1º projeto de carbono de energia limpa da América Latina
Future Carbon, responsável pelo projeto, aprovou o 'Sol do Sertão Renewable Energy Project'
07/02/2024

G1 - 05.02.2024 | O projeto Sol do Sertão Renewable Energy Project se tornou um marco na agenda de transição energética de baixo carbono ao ser o primeiro aprovado na América Latina pelo Global Carbon Council (GCC). O projeto, desenvolvido pela FutureCarbon, em parceria com a Essentia, tem o potencial de transformar a região e teve seus critérios socioambientais aprovados pelo Global Carbon Council após auditoria independente internacional.

Segundo Rafael Borgheresi, a qualidade do projeto chamou a atenção dos auditores, que classificaram o projeto com selo platinum (colocando assim o projeto entre os 4 melhores do mundo).

“O selo de qualidade é um reconhecimento de nosso time técnico, muito competente para fazer projetos, e também do nosso modelo de atuação, que além de se preocupar com a questão ambiental, insere indicadores sociais a serem alcançados e canaliza recursos para impacto social positivo. Só trabalhamos em projetos não tenha repartição de benefícios com a comunidade. É deal braker para a FutureCarbon”, acrescenta.

O Global Carbon Council é um standard internacionalmente reconhecido no mercado com presença na Inglaterra e no Oriente Médio, com mais de 1.500 projetos em seu portfólio. O Standard tem reconhecimento no mercado global de carbono, tendo aprovação de players globais como ICROA e CORSIA para compra dos créditos.

“É um marco para a América Latina e para o Brasil. A agenda climática e de carbono é uma agenda para first movers, para quem está antenado às tendências da nova economia verde. A Future em parceria com a Essentia se tornam pioneiras na agenda de créditos de carbono para transição energética. Destravamos uma oportunidade até então não vista pelo mercado da América Latina. O Brasil está se consolidando como protagonista global na agenda da transição energética global, e algumas empresas brasileiras já estão surfando essa onda. Os créditos de carbono de transição energética, aplicado às energias renováveis, ajudam a potencializar e acelerar a confiança de investidores, players do mercado e compradores globais. Quem acreditou no potencial disruptivo de início, está colhendo os frutos, apoiando uma agenda climática positiva e criando valor para a Companhia”, avalia Fabio Galindo, CEO da Future Carbon.

Projeto Sol do Sertão - Com uma geração de energia solar centralizada totalizando 415 MW e uma geração anual estimada de 345 mil tCO2e/ano, o Projeto Sol do Sertão é marcado pela alta integridade, alta qualidade e alto impacto.

É um projeto em parceria da Future Carbon com o grupo Essentia, proprietário da área. Os créditos de transição energética do projeto são baseados no Beyond Carbon, nova geração de créditos de carbono baseado em integridade e impacto, inspirado nas regras do ICVCM/VCMI, e no modelo dos Objetivos de desenvolvimento Social da da ONU. O projeto Sol do Sertão contribui com os ODS-2, ODS-4, ODS-7, ODS-8, ODS-13. 

Mas o que é o crédito de carbono? - De forma prática, o crédito de carbono é uma unidade de medida que representa a redução, remoção ou prevenção de uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente, ou de outros gases de efeito estufa (GEE), que seriam liberados na atmosfera como resultado de atividades humanas.

Funciona assim: empresas que não atingirem suas metas de redução de gases de efeito estufa vão poder comprar créditos, tanto no setor público quanto do privado, de quem superar a meta. Podem participar deste mercado empresas ou governos estaduais, por exemplo.

Essas atividades podem incluir projetos de redução de emissões, como o uso de energias renováveis, a implementação de práticas agrícolas sustentáveis, a reflorestação ou a recuperação de áreas degradadas. Quando esses projetos são certificados como eficazes na redução das emissões de gases de efeito estufa, são emitidos créditos de carbono correspondentes à quantidade de gases que deixaram de ser emitidos.

Os créditos de carbono podem ser negociados em mercados específicos, onde empresas e países podem comprar e vender esses créditos como parte de suas estratégias para cumprir metas de redução de emissões ou para compensar suas próprias emissões de gases de efeito estufa. Cada tonelada de carbono que deixa de ser lançada na atmosfera equivale a um crédito que pode ser negociado com outra empresa ou governo.